terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sex and the city

Tenho uma amiga que anda com um rapaz desde à uns meses. Não é nada de especial, é apenas uma daquelas curtes que existe pelo carinho que tem pelo outro e pelo prazer mútuo. No início, era tudo muito lindo e perfeito, as mensagens que trocavam, a ânsia por estarem juntos, o primeiro beijo. Mas como todas as relações ou neste caso, curte, as coisas foram deixando de ser tão perfeitas. Os pequenos defeitos que eram adoráveis ao início passaram a ser algo com que era difícil lidar e qualquer atitude irracional, presente ou futura, passou  a ser algo intolerável e até digno de alguma obsessão. O que eles tinham tornou-se algo instável, que passou a ser apenas ‘visitado’ uma vez por mês, porque é demasiado difícil desistir de uma vez. É como outro vício do qual não era possível abdicar, como se se tratasse de nicotina ou gomas de coca-cola da hussel. Mas o que me chateia mais nesta história é ver as dores de cabeça que ele lhe dá. E sim, podem dizer que ela lhe dá igualmente dores de cabeça e que isto nunca funciona só para um lado e blá blá blá, mas a verdade é que não imagino que ele fique com as mesmas neuras e obsessões que ela. E é aqui que eu me questiono. Porque é que as raparigas se agarram a rapazes que só lhes dão dor de cabeça? E quem diz raparigas, diz rapazes. O nosso desespero é assim tão grande ou simplesmente não conseguimos abdicar daquele sentimento de butterflies in the stomach quando estamos com ‘aquela’ pessoa? No que toca a ter uma relação com alguém, ou apenas ter uma curte, quando é que é a altura certa para dizer basta?

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